A Tunísia pode ser excluída da Copa do Mundo do próximo mês se seu governo interferir nos assuntos do futebol, revelou a FIFA.
As federações membros da Fifa devem estar livres de interferências legais e políticas.
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Mas, de acordo com a BBC Sport, o órgão dirigente mundial do futebol ficou preocupado com os comentários do ministro da Juventude e Esportes da Tunísia, Kamel Deguiche, que falou sobre a ideia de “dissolver agências federais”.
E uma carta de Kenny Jean-Marie, diretor de associações membros da Fifa, ao secretário-geral da FTF, Wajdi Aouadi, esclareceu as possíveis repercussões para a Tunísia.
Dizia: “Qualquer descumprimento dessas obrigações pode resultar na imposição de penalidades sob as leis da FIFA, incluindo a suspensão da associação relevante”.
Acrescenta que todos os membros da FIFA são “legalmente obrigados a conduzir seus negócios de forma independente e sem influência indevida de terceiros”, com Jean-Marie também pedindo uma explicação sobre os comentários recentes de Aouardi.
Um prazo de sexta-feira foi estabelecido para a Tunísia responder.
O time africano deve iniciar sua campanha na Copa do Mundo contra a Dinamarca em 22 de novembro.
Eles também foram sorteados ao lado da Austrália e da atual campeã mundial França no Grupo D.
A posição da FIFA sobre a interferência do governo já foi trazida ao conhecimento das federações membros nos últimos tempos através da suspensão do Quênia e do Zimbábue.
A Índia também foi banida em agosto devido à “influência indevida de terceiros”, embora a suspensão tenha sido suspensa apenas algumas semanas depois.
A Copa do Mundo começa em 20 de novembro, quando o Catar enfrenta o Equador.
A Tunísia nunca passou da fase de grupos da competição, para a qual já se classificou seis vezes.
Sua última aparição aconteceu em 2018, quando perdeu para a Inglaterra e a Bélgica, antes de vencer o Panamá.